Carta da Rede Universitária ao presidente Lula: Pelo veto ao PL que cria o dia da ”amizade Brasil-Israel”

Tempo de leitura: 2 min
10/05/2025: Presidente Lula, em coletiva de imprensa em Moscou, denuncia novamente o genocídio cometido por Israel. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Carta pelo veto ao PL que cria o dia da “amizade Brasil-Israel”

À Presidência da República do Brasil.

Os signatários deste documento – docentes, estudantes, pesquisadores e servidores técnicos-istrativos de universidades públicas e privadas brasileiras –, apoiam, irrestritamente, o consistente e oportuno artigo do prof. Paulo Sérgio Pinheiro Repúdio à celebração oficial da “amizade Brasil-Israel”

Lúcidas e irretocáveis são as palavras que abrem o texto:

“É com profunda indignação que manifestamos nosso repúdio à decisão do Senado Federal brasileiro, que, por unanimidade, declarou o dia 12 de abril como data oficial de celebração da “amizade Brasil-Israel”. Trata-se de um gesto inaceitável, de insensibilidade extrema, especialmente num momento em que o Estado de Israel intensifica uma campanha sistemática de extermínio contra a população palestina na Faixa de Gaza. É ainda mais lamentável que parlamentares de partidos comprometidos historicamente com os direitos humanos e com a autodeterminação dos povos tenham eventualmente endossado essa decisão vergonhosa.”

Tendo em vista que a “decisão vergonhosa” ainda não foi concretizada, impõe-se à Rede Universitária de solidariedade ao povo palestino posicionar-se sobre o lamentável episódio.

A expectativa da comunidade acadêmica brasileira, aqui representada pela REDE, é a de que o atual governo brasileiro – que não tem hesitado em denunciar o genocídio, o apartheid e a “limpeza étnica” impostos ao povo palestino – não aceite ser cúmplice com a aviltante decisão do Senado.

Ao deixar de sancionar o PL 5.636/2019, o executivo federal será consequente com os valores e princípios da política externa brasileira vigentes em períodos não-autoritários – entre eles, a defesa da soberania e autonomia dos Estados, o compromisso com a paz e a solidariedade aos povos e nações oprimidas de todo o mundo.

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*Este artigo não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Comentários

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Zé Maria

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Olha só o que o “paíZ abiginho” acabou de fazer…
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“O Horror do Bombardeio Israelense que Matou
Nove Filhos de um Casal de Médicos em Gaza”

“Atrocidade, uma entre tantas do longo massacre
promovido por isRéu no território palestino, é de
uma crueldade só vista na Alemanha Nazista”

Agence -Presse (AFP), via Revista Fórum

Em pleno plantão no hospital Nasser de Khan Yunis,
no sul da Faixa de Gaza, a doutora Alaa al Najjar recebe
a notícia de que sua casa foi bombardeada pelo Exército
israelense.

Ela sai imediatamente para se deparar com os corpos
carbonizados de seus filhos retirados dos escombros.

Sob uma tenda de luto montada no dia seguinte, perto
de sua casa destruída, a pediatra permanece em
choque.

A seu redor, mulheres choram, enquanto o barulho das
explosões ainda ressoa no território palestino devastado
pela guerra.

“Corri para a casa e a encontrei totalmente destruída,
reduzida a um monte de escombros sobre seus filhos
e seu marido”, disse à AFP sua irmã, Sahar al Najjar.

“Nove crianças estavam carbonizadas, irreconhecíveis.
O décimo filho e o pai estão em estado crítico”, acrescentou.
“Não pude reconhecer as crianças entre os sudários”,
disse chorando.
“Seus rostos tinham desaparecido.”

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou no sábado (24)
a morte de nove filhos de um casal de médicos palestinos
em um ataque israelense.

De acordo com pessoas próximas à família, o bombardeio
aéreo foi realizado sem advertência na tarde de sexta-feira (23)
contra a residência familiar onde estavam as dez crianças
com o pai, Hamdi al Najjar, também médico.

Gravemente ferido, Hamdi está hospitalizado com
seu filho Adam, de 10 anos, único sobrevivente entre
as crianças, que se encontra em cuidados intensivos
no hospital Nasser.

“Meu irmão estava no chão, com a cabeça ensanguentada,
a mão arrancada, coberto pelos escombros”,
conta Ali al Najjar, irmão de Hamdi.

“Tirei Adam, queimado, e o levei ao hospital.
Os socorristas levaram Hamdi”, acrescenta.

“Encontrei a casa de meu irmão […] reduzida a ruínas,
e meus parentes debaixo” dos escombros, prossegue.

Ele explica que depois tentou remover os escombros
com as mãos junto com o pessoal das ambulâncias
para tentar encontrar as outras crianças.

“Alaa chegou correndo, não havia veículo.
Quando viu os corpos carbonizados, começou a gritar”,
disse.
“Reconheceu sua filha Nibal e gritou seu nome.”

Segundo fontes médicas, Hamdi al Najjar ou
por diversas cirurgias no hospital de campanha
jordaniano, onde os médicos tiveram que remover
grande parte de seu pulmão direito.
Ele precisou da transfusão de 17 bolsas de sangue.

Seu filho Adam teve uma mão amputada e sofre
com queimaduras no corpo.

“É uma perda imensa. Alaa está destruída”,
diz Mohammed, próximo à família.

Mas Ali al Najjar está preocupado agora com o que
vai acontecer com seu irmão quando despertar.

“Não sei como dizer isso a ele.
Devo anunciar que seus filhos morreram?
Eu os enterrei em duas sepulturas.”

https://viomundo-br.noticiasdetocantins.com/global/2025/5/25/todo-horror-do-ataque-de-israel-que-matou-filhos-de-um-casal-de-medicos-em-gaza-180019.html
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